Obstáculos talvez... Ou quem sabe uma surpresa? Um encantamento, um amor, um poema controverso! Aqui, um game com a poesia "No meio do Caminho", de Carlos Drumond de Andrade.
Dica: procure a pedra no canto superior à esquerda.
E se quiser conhecer outras poesias, visite o espaço Alguma Poesia, em Drumond, no site Memória Viva...
Roberto Carlos Ramos é um grande contador de histórias. E a maior de todas é a sua própria. Ele nasceu em família pobre. Sua mãe, quando soube que uma instituição do governo abrigava crianças carentes, dando-lhes boa alimentação e escola, entregou o menino para que fosse cuidado. Ela acreditava que ali ele teria um futuro. Mas a instituição era a antiga Funabem. E o garoto lá viveu tristes histórias. Conseguiu no entanto preservar a sua imaginação, um bem muito precioso. Uma educadora francesa quis adotá-lo. Enquanto se conheciam, Roberto Carlos aprontou muito, só para ter certeza de que ela gostava dele! Um dia, deixou a torneira aberta e inundou toda a casa! Adotado, foi com ela para a França. Estudou, cresceu, tornou-se homem e educador. Hoje, é também escritor e tem 25 filhos. Não sei se são todos adotados... penso que sim, afinal, ele gosta de dar finais felizes às suas histórias! Ouvi o Roberto Carlos contar parte de sua vida em uma entrevista no programa Sem Censura há algum tempo. Agora ela virou um filme cheio de imaginação... Vale a pena conhecer um pouco do contador de histórias Roberto Carlos Ramos:
Werner Zotz, no livro "Apenas um Curumim", conta o seguinte: o velho pajé Tamãi dizia que o povo do riso vivia feliz porque - mesmo não tendo ciência - tinha o saber das coisas simples e necessárias. Ele ia com o último curumim de sua tribo em uma viagem de volta para a sua gente, para reaprender junto aos seus o valor dessas coisas:
"Vamos procurar povo irmão, gente nossa, que ainda tem sorriso nos dentes e alegria no coração."
Porque nós da EJA somos também um povo do riso: apesar de não termos muita ciência - e apesar de toda a luta - encontramos vontade de fazer a viagem de volta aos estudos e sabemos o valor de aprender e de estar junto, coisas simples e necessárias que nos dão alegria.
A gente se encontra pelos lugares onde antigamente ficava a Vila Real da Praia Grande, retratada por Debret na foto do título do blog.
Eperamos aqui conviver como aquele povo do qual falava o velho pajé.