segunda-feira, 8 de março de 2010

Vamos Comemorar?

Toda mulher sabe: melhor que ser atraente, é ser amada. Mas o amor é um valor anticapitalista. Supõe solidariedade e não competitividade; partilha e não acúmulo; doação e não possessão. E o machismo impregnado nessa cultura voltada ao consumismo teme a alteridade feminina.
Frei Betto

No dia 8 de março comemora-se muito a mulher moderna. Ora por estar ocupando espaços que outrora eram de domínio exclusivo do homem, ora porque seria supermulher: mãe e profissional, linda e poderosa.
Mas as louvações deveriam estar restritas a estes casos?
Creio que é importante resgatar a história das trabalhadoras da indústria que morreram pela luta por salários iguais para atividades iguais, bem como louvar o mérito daquelas que ousaram (ousam) e conquistaram (conquistam) posições além daquelas normalmente esperadas “para uma mulher”. Mas acho importante também (re)valorizar o papel feminino no cuidado com o Ser Humano,  e fugir das armadilhas impostas modernamente por padrões e estereótipos do que é “ser mulher” hoje.
Para melhor entender o que não consigo realmente dizer, é aconselhável uma visita ao artigo de Frei Betto: “Meu lado mulher".
E ouvir a bela homenagem de Gilberto Gil às mulheres: Super Homem.