Pesquisa desenvolvida pela professora Verônica da turma 702
Voz - do latim voce. Voz - som ou conjunto de sons emitidos pelo aparelho fonador. Voz - faculdade de falar. Voz - clamor. Voz - ordem, dada de viva voz, mediante a qual os comandados executam determinado movimento ou desenvolvem qualquer ação. Voz - voz de comando (q.v.) com que se transmite, advertindo, a natureza da ordem que vai ser dada, e antecede a voz de execução. Voz - trecho vocal de uma composição musical. Voz - som resultante da vibração das cordas vocais. Voz - ordem em voz alta. Voz - boato Voz - voz gramatical: voz ativa, voz passiva Voz - direito de falar em algum lugar.
Voz, para falar o que se sente, o que se pensa e o que se deseja e o que é preciso!
Ao longo da historia da humanidade as pessoas sempre expressaram aquilo que pensavam, sentiam ou queriam de alguma forma. Através de gestos, das suas vozes ou de suas ações.
Hoje, quando estudamos a historia dos egipcios, por exemplo, ela pode ser observada através dos monumentos que construíram e das esculturas que os ornamentavam, dos objetos que eles fabricaram, das mumias que preservaram os corpos de seus cidadãos e da escrita que ficou gravada nas pedras. Desta forma conhecemos um pouco daquilo em que acreditavam, da forma como viviam, das ideias que compartilhavam, do sentido que provavelmente davam às suas existencias.
O que expressaram os egípcios com estes hieróglifos abaixo?
E assim aconteceu com outros povos, de distantes lugares, de diversas épocas. Inclusive do Brasil.
Conhecemos as vozes de um povo também através daquilo que as pessoas produzem nas artes visuais, nas ciencias, nas técnicas que inventam, na literatura... Elas dizem da sua criatividade, dos seus interesses, das suas necessidades, dos seus valores.
Mas será que tudo aquilo que nos chegou dos povos que estudamos foi a voz da maioria?
E hoje, vivendo em um mundo tão midiatizado: a voz na televisão, no rádio, nos jornais, nas revistas e aquilo que se repete nas ruas é realmente a nossa VOZ?
Qual a voz que move você: aquela que sai do seu interior ou aquela que segue os outros?
Veja abaixo, o pai da Luciana Melo e do Jairzinho, em Disparada, uma "voz" contra a ditadura militar, no ano de 1966: "... e já que um dia montei, agora sou cavaleiro, laço firme, braço forte, de um reino que não tem rei!'"
Werner Zotz, no livro "Apenas um Curumim", conta o seguinte: o velho pajé Tamãi dizia que o povo do riso vivia feliz porque - mesmo não tendo ciência - tinha o saber das coisas simples e necessárias. Ele ia com o último curumim de sua tribo em uma viagem de volta para a sua gente, para reaprender junto aos seus o valor dessas coisas:
"Vamos procurar povo irmão, gente nossa, que ainda tem sorriso nos dentes e alegria no coração."
Porque nós da EJA somos também um povo do riso: apesar de não termos muita ciência - e apesar de toda a luta - encontramos vontade de fazer a viagem de volta aos estudos e sabemos o valor de aprender e de estar junto, coisas simples e necessárias que nos dão alegria.
A gente se encontra pelos lugares onde antigamente ficava a Vila Real da Praia Grande, retratada por Debret na foto do título do blog.
Eperamos aqui conviver como aquele povo do qual falava o velho pajé.