quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Literatura, carnaval e releituras.

As histórias escritas nos livros, verdadeiras ou não, acabam por render bons frutos em diversas outras expressões artísticas. Pintores italianos do século XVII inspiravam-se em personagens da antiguidade (aproximadamente setecentos anos antes de Cristo), imortalizados através da escrita. Já uma história produzida por um espanhol naquele século XVII ainda é, em pleno século XXI, o segundo livro mais lido e relido no mundo inteiro. Já virou peça de teatro, filme, desenho animado, tema de pinturas, esculturas, gravuras, inspirou músicas e poesias... Enfim, esta obra escrita resiste ao tempo e inspira diversas manifestações artísticas.

Aqui no Brasil tanto obras literárias como seus autores chegam a nós através de uma manifestação cultural tipicamente brasileira e particularmente carioca: o desfile das escolas de samba. Foi o caso do enredo da Mocidade Independente de Padre Miguel em 2009.

Essa escola juntou em uma mesma avenida personagens de um bairro do Rio e outros do sertão de Minas. Realizou uma viagem alegre e barulhenta passeando com estes personagens e seus autores, considerando o tempo e os locais em que viveram.

Na visão do “pensador” do desfile da Mocidade, o carnavalesco Claudio Cavalcanti, a descrição/reinvenção da vida e obra de dois mestres da Literatura se fez sob o título “Clube Literário Machado de Assis e Guimarães Rosa... Estrelas em Poesia!”

Para concretizar o desfile na avenida, foi idealizado um roteiro e foi composto um samba enredo. Este roteiro de uma peça (como no teatro) de 8 atos, começa apresentando o nascimento da estrela mística literária Machado de Assis. Prossegue falando de sua vida, em verso e prosa, e continua mostrando o cronista e o literato através de suas obras. Completa a apresentação deste autor falando do ambiente em ele e sua obra atuavam, buscando nos saraus musicais do século XIX a inspiração. No quinto ato, apresenta o tempo em que uma estrela fenece (Machado), que é o mesmo da outra que nasce (Guimarães). Prossegue mostrando a trilha profissional deste autor, e, logo após, a inspiração vem de sua principal obra: Grande Sertão. Por fim, as três estrelas se juntam: Machado, Guimarães e a Mocidade.

(Se você quiser ver o entender melhor este enredo, na descrição do próprio autor, procure em Carnaval 2009 : Enredo, bem aqui ).

Literatura, música, dança, escultura, produção de vídeo, engenharia, serralheria, mecânica, carpintaria, costura... Quantas artistas, técnicos e artesãos fazem um desfile? E doze desfiles? Seguramente este evento no Rio de Janeiro pode ser chamado de “O Maior Show da Terra”!

Mas, voltando à Mocidade Independente de Padre Miguel: pena é que os dois mestres da Literatura Brasileira não a levaram a uma colocação melhor que o 11º lugar. De qualquer forma, essa inspiração foi muito boa, pois possibilitou a um grande número de pessoas um pouco mais de informação sobre “O Bruxo do Cosme Velho” e “O Rosa dos Ventos” de Minas que, se fosse bicho, queria ser... Um crocodilo!


(Para visualizar as fantasias que ilustraram, através da concepção do autor, este universo literário, clique aqui.)

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Os Lusíadas

Camões, autor de Os Lusíadas, acompanhou Vasco da Gama na Viagem às Indias, que ia em busca de cobiçadas especiarias para fazer a fortuna de Portugal.
Navegando por mares "bravios" e desconhecidos, os intrépidos marinheiros aventuravam-se nos traçados do destino, sem saber os perigos - reais ou imaginarios - que encontrariam a sua frente: piratas, sereias, monstros marinhos, tempestades ou calmarias... Ainda assim iam ao mar, porque também a riqueza poderia estar ao final dessa viagem.

A obra de Camões relata, in loco, este feito. E esta obra o colocou entre os maiores escritores de Língua Portuguesa de todos os tempos.

Veja o Livro cLip :

A Mudança já Chegou

Após 45 anos do discurso de Martin Luther King pelos direitos civis para os cidadãos negros norte americanos, Barack Obama é eleito o seu primeiro presidente negro - embora ele mesmo não se intitule assim.

Mas esta luta pelos direitos civis começou ainda em 1863, após a Proclamação de Emancipação feita pelo presidente Abraham Lincoln durante a Guerra Civil americana, que terminou com a escravidão naquele país. A população branca conservadora, não conformada com esta situação, criou grupos clandestinos dedicados a impedir a igualdade de direitos. Durante anos, por um século, a população negra norte americana, principalmente ao sul dos EUA teve que lutar contra a discriminação, que em alguns lugares era regulamentada através de leis. Em 1964 foi assinada a Lei dos Direitos Civis que estabelecia tratamento não discriminatório aos negros norte-americanos.

Qual a mudança necessária para que um negro também possa ser eleito presidente no Brasil?

Mandela, outro líder negro, da África do Sul, um país cujo separatismo era legal, disse uma vez: “Democracia, sem saúde e educação para a maioria, é uma concha vazia”.

Embora o Brasil seja uma nação democrática, e o maior país negro das Américas – dado o volume de sua população – pelas condições de vida, a maioria negra ainda precisa dos direitos mínimos apontados por Mandela: saúde e educação.

Quando direitos mínimos forem comuns a todos, quando a discriminação for discutida sem preconceitos, quando as condições de igualdade forem o ponto de partida para a participação democrática, talvez a maioria negra e branca possa reconhecer os seus líderes sem necessidade de discutir sua cor. E eleger um negro será tão comum quanto eleger outra pessoa de qualquer cor.

Quem conhece a historia de Zumbi sabe o quanto a luta se fez necessaria para a conquista da liberdade. E por isso, o 20 de novembro, contrapondo-se a doação do 13 de maio: ainda há muito que avançar para que os direitos civis saiam do papel e se integrem à vida da maioria dos negros em nosso país.

Texto publicado originalmente em 19 de novembro de 2008

O Sonho do Pastor e o Sonho do Sociólogo

Agosto, 2008: 45 anos do discurso de Martin Luther King

Agosto, 2008: 11 anos da morte de Herbet de Souza.

Eu tenho um sonho... com estas palavras, um pastor negro norte americano, iniciou um discurso diante de 250 mil pessoas. Este discurso era um protesto pacífico contra as políticas de segregação racial que excluíam milhares de americanos dos direitos civis que pregava a Constituição daquele país.

Quantos de nós não temos nossos sonhos, pequenos sonhos: de ver os filhos com saúde, comida na mesa, um teto para abrigo, as contas pagas ao final do mês e a perspectiva de uma vida melhor?

Quantos de nós não sonhamos com estas coisas também para nossos irmãos, nossos primos, nossa família, nossos amigos, nossos vizinhos?

Quantos de nós não temos grandes sonhos, de uma conta bancaria recheada, juventude eterna, cidades limpas, igualdade e justiça para todos?

Quantos de nós conseguimos realizar pelo menos uma parte de nossos sonhos?

Quantos de nós sonhamos pela igualdade de direitos dos cidadãos, assim como sonhou aquele pastor americano, há 45 anos? Quantos de nós sonhamos com um Brasil sem fome, como sonhou o Betinho nos anos 80?

Martin Luther King e Betinho viveram em tempos e locais diferentes, e seus sonhos incluíam muitas pessoas. O sonho de King levou a leis mais justas entre brancos e negros americanos. O sonho de Betinho levou inúmeras pessoas a ações pela cidadania, contra a miseria e pela vida. Mas ainda hoje, aqui e em diferentes lugares, precisamos de pessoas como eles, que se ergam diante das multidões, e gritem: Nós temos um sonho!

Sem sonhos não há esperança. Sem sonhos não há mudanças...

Precisamos dos sonhos, nossos sonhos nos movem adiante.

Você, sonha o quê?

Texto publicado originalmente em 2 de setembro de 2008

Yaksoba da turma 501

No dia 11 de junho estava programado o Concurso de Culinaria na Escola. A turma iria participar com dois pratos. Um, coletivo, o macarrão chinês - o yaksoba; e o outro, individual - o bolo de bacalhau com molho tártaro, da Otacília.
A receita do Yaksoba foi copiada da internet, e a do bolo de bacalhau foi D. Enedina que passou. Do macarrão, tivemos que calcular a quantidade dos ingredientes, afinal a receita era somente para 6 pessoas! Também tivemos que calcular o custo. Depois de muita discussão sobre os preços dos ingredientes - afinal os preços do Carrefour são bem diferentes dos preços do sacolão!- chegamos a conclusão de que sairia por R$20,00.
Feito isso, decidimos quem iria levar o quê. Desde a massa até os refrigerantes e as vasilhinhas para comer o macarrão.
Com esta história do Yaksoba acabamos estudando algumas coisas, inclusive de que jeito os cientistas provaram que a origem do macarrão não era italiana, e sim chinesa. Coisas da arqueologia... Outra coisa que também vimos foram os nutrientes que exitem neste alimento - e em outros também, além da forma como o nosso organismo aproveita os nutrientes dos alimentos.
Fizemos uma enquete e depois montamos um gráfico. Constatamos que de 47 pessoas, apena 4 não gostavam de macarrão. Algumas sabiam os ingredientes do massa, quase ninguém conhecia os nutrientes que existiam e embora muita gente dissesse conhecer os "inventores" do macarrão, essa maioria estava equivocada, pois apontava os italianos como os pais desta delícia!
O filhinho da Val foi acidentado e ela não pode fazer o Yaksoba, então a professora - que não é nenhuma expert na cozinha - fez o dito cujo. Ficou gostosinho, mas foi tão pouquinho! Teve reclamações...
Embora tivéssemos guardado pratinhos para Marcelo e Otacília, eles se atrasaram tanto que a Maria e outros acabaram comendo o macarrão! Pelo menos é isso que dizem por aí...
Otacília chegou com o seu bolo de bacalhau muito bem arrumado, num belo prato e embrulhado em papel florido com um laço dourado. Além disso, nem todos puderam comprovar, mas estava delicioso!
No evento, houve inicialmente a apresentação de música clássica com o Quinteto da Grota. Ao final, dançaram os meninos do grupo de funk Bonde dos Molekinhos. Durante o evento houve muita prova de guloseimas, e os pratos apresentados estavam maravilhosos!

Texto publicado originalmente em 17 de junho de 2008

Veja as fotos do nosso Yaksoba.

Caracol Africano - Resumo da Palestra

O caracol africano veio da África com se fosse escargot, uma iguaria francesa. Mas ao contrário do escargot, o caracol africano não é comestível é pode ser o transmissor de uma doença perigosa.

Ele se alimenta de folhas e de tudo que possa vir das plantações. Quando falta alimento, estes animais comem-se uns aos outros. São resistentes a seca e ao frio, e neste período hibernam. Podem escalar paredes e árvores.

Ciclo de vida

O animal adulto pode colocar de 180 a 600 ovos por postura, que acontece quatro vezes ao ano. São animais hermafroditos. Os ovos eclodem de 20 a 30 dias após a postura, e os caracóis atingem a maturidade sexual em 4 ou 5 meses. Os adultos chegam a medir de 15 a 25 cm e a viver 9 anos.

Doença

É provocada pelo "angiosbrongylus coslaricensis", que, se ingerido, desenvolverá uma massa abdominal que pode ser confundida com tumores ou abscessos e provoca lesões no apêndice, intestino e vasos linfáticos.

Os sintomas são os seguintes: dor no abdômen, febre contínua, vômitos, anorexia e nos casos mais graves pode resultar em morte com hemorragias por perfuração intestinal.

Tratamento

O único tratamento possível é através da cirurgia.

Prevenção:

Evitar contato com o caracol, lavar bem as mãos antes de se alimentar, colocar legumes e verduras de molho em água sanitária durante 15 minutos, eliminar os refúgios preferidos do caracol como entulhos, telhas, restos de obra, etc.; e manter terrenos baldios limpos e livres do caracol.

Como exterminar

Deve-se jogar álcool no bicho, queimá-lo, quebrar a casca, jogar no lixo ou enterrar.

Roedores

Ratos são roedores resistentes, capazes de prender a respiração por até 30 minutos e nadar, chegando a deslocar-se por 800 metros.

Estes animais transmitem doenças como a peste bubônica e a leptospirose. A peste, na Idade Média, chegou a matar quase metade da população europeia. Nos dias de hoje, o número de casos de leptospirose tem aumentado e no período após as enchentes ela é mais frequente.

Ela é transmitida pela urina dos ratos e ao transitar por lugares úmidos deve-se ter mais cuidados.

A doença fica incubada por um período de 7 a 14 dias e os sintomas apresentados são: fraqueza, dor no corpo, mal estar, vômitos, dores musculares – principalmente na barriga da perna, febre elevada, coloração amarelada da pele, ausencia de urina e hemorragias na pele e mucosas.

As medidas de prevenção contra a leptospirose são: combate aos ratos, mantendo o meio ambiente o mais limpo possível; manter o lixo em sacos fechados e locais apropriados, não nadar, andar ou lavar roupa em água de enchentes; não utilizar água de caixas d’água, cisternas ou poços inundados; jogar fora todos os alimentos e remédios que foram contaminados por água de enchente; lavar paredes e objetos atingidos por enchentes com sabão e água sanitaria; proteger pés e mãos com botas e luvas (ou dois sacos plásticos) para fazer a limpeza da lama deixada pela enchente e lavar bem latas fechadas de alimentos antes de utilizá-las.

Sintomas, Cuidado!

Ao apresentar qualquer um dos sintomas, procurar um Posto de Saúde! Quanto mais rápido o socorro, mais chances você terá de evitar as complicações da doença.

Dengue - Resumo da Palestra

O que é Dengue?
O dengue é uma doença infecciosa causada por um arbovírus (tipo de vírus), que ocorre em áreas tropicais e subtropicais do mundo, inclusive no Brasil. As epidemias geralmente ocorrem no verão, durante ou imediatamente após períodos chuvosos.

O dengue clássico se inicia de maneira súbita e pode ocorrer febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores nas costas. Às vezes aparecem manchas vermelhas no corpo. A febre dura cerca de cinco dias com melhora progressiva dos sintomas em 10 dias. Em alguns poucos pacientes podem ocorrer hemorragias discretas na boca, na urina ou no nariz. Raramente há complicações.

O que é Dengue Hemorrágico?
Dengue hemorrágico é uma forma grave de dengue. No início os sintomas são iguais ao dengue clássico, mas após o 5º dia da doença alguns pacientes começam a apresentar sangramento e choque. Os sangramentos ocorrem em vários órgãos. Este tipo de dengue pode levar a pessoa à morte. Dengue hemorrágico necessita sempre de avaliação médica.

Qual a causa?
A infecção pelo vírus, transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti, uma espécie originária da África que chegou ao Brasil na época da colonização.

Mosquito da Dengue
O mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, foi introduzido na América do Sul através de barcos (navios negreiros) provenientes da África, no periodo período colonial, junto com os escravos. Houve casos em que os barcos ficaram com a tripulação tão reduzida que passaram a vagar pelos mares, constituindo os "navios-fantasmas".

O Mosquito Aedes Aegypti mede menos de um centímetro, tem aparencia inofensiva, cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas. Costuma picar nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte, mas, mesmo nas horas quentes, ele pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. O indivíduo não percebe a picada, pois no momento não dói e nem coça.

Modo de transmissão: A fêmea pica a pessoa infectada, mantém o vírus na saliva e o retransmite.
A transmissão ocorre pelo ciclo homem-Aedes aegypti-homem. Após a ingestão de sangue infectado pelo inseto fêmea, transcorre na fêmea um período de incubação. Após esse período, o mosquito torna-se apto a transmitir o vírus e assim permanece durante toda a vida.

Período de incubação: Varia de 3 a 15 dias, mas tem como média de cinco a seis dias.

O Ciclo do Mosquito: O ciclo do Aedes aegypti é composto por quatro fases: ovo, larva, pupa e adulto. As larvas se desenvolvem em água parada, limpa ou suja. Na fase do acasalamento, em que as fêmeas precisam de sangue para garantir o desenvolvimento dos ovos, ocorre a transmissão da doença. O seu controle é difícil, por existirem muitos criadouros onde deposita seus ovos, que são extremamente resistentes, podendo sobreviver vários meses até que a chegada de água propicia a incubação. Na água, os ovos desenvolvem-se rapidamente em larvas, que dão origem às pupas, das quais surge o adulto.

"O único modo possível de evitar a transmissão da dengue é a eliminação do mosquito transmissor."

A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença.

Como tratar?
Não existe tratamento para dengue, apenas tratamentos que aliviam os sintomas.
Deve-se ingerir muito líquido. Os sintomas podem ser tratados com dipirona ou paracetamol. Não devem ser usados medicamentos à base de ácido acetil salicílico e antiinflamatórios, como aspirina e AAS, pois podem aumentar o risco de hemorragias.

Lixo - Resumo da palestra

O que é o lixo?

Você já observou em sua casa, quantas coisas são jogadas fora todos os dias?

Agora, imagine quantas coisas são jogadas fora todos os dias em outros locais, como restaurantes, escolas, fábricas, hospitais...

Esse material que jogamos fora, que desprezamos e que não damos valor é o que chamamos de lixo.

De onde vem o lixo?

O lixo pode ter várias fontes geradoras. Ele pode ser de origem: residencial, público, comercial, industrial, agrícola, dos serviços de saúde e radioativo.

Como podemos diminuir a quantidade de lixo?

Os 4Rs são a resposta: Reutilizar – Reciclar – Reeducar – Reduzir.

Reutilizar o material na mesma função original, ou criando novas formas de utilização para sacolas de supermercado, sacos de papel, vidro, caixas, papéis de embrulho, etc.

Reciclar é transformar em outros produtos industriais, agrícolas ou artesanais. Fazer compostagem com restos de alimentos para jardins, utilizar garrafas pet para fabricar camisetas, sacolas de leite recortadas em fios para peças de crochê, óleo utilizado na cozinha para fazer sabão, palha de coco para fabricação de xaxins ecológicos, etc.

Para reciclar, é preciso separar materiais. Como medida básica, primeiro observamos se estes materiais são secos ou molhados.

Papel

Restos de alimentos

Papelão

Casca de frutas e vegetais

Plásticos

Fraldas descartáveis

Metais


vidros


Para onde vai o lixo?

É necessário o cuidado com o descarte do lixo por que o mesmo contamina o ambiente. Os lugares apropriados para o descarte do lixo são, em ordem de qualidade: o aterro sanitário, o aterro controlado, o lixão ou vazadouro.

O lixo produz o chorume, que é um líquido residual que contamina o solo e o meio ambiente um gás residual, denominado metano. O primeiro pode atingir os lençóis freáticos e contaminar os cursos d’água.

Por que estamos preocupados com o lixo?

O crescimento populacional descontrolado, o modelo de sociedade em que vivemos que estimula o consumismo e o desperdício gerando um crescente descarte de resíduos que são uma preocupação para a saúde pública, a ecologia, a sociologia e a educação.

Onde procurar informações sobre o descarte dos resíduos sólidos, o lixo?

Através do telefone 0800 222179. A ligação é gratuita.

Ciclo de Palestras da Saúde

Entre 24 e 28 de março de 2008, aconteceu em nosso turno uma serie de palestras sobre saúde. Os palestrantes eram funcionarios da secretaria municipal que vieram a escola especialmente para promover a divulgação das informações de interesse público - afinal, em saúde, "a prevenção é o melhor remédio!"
O primeiro tema a ser abordado foi a questão do Lixo, e a necessidade do seu descarte adequado, para evitar a proliferação de doenças. O segundo tema foi a dengue e suas formas de prevenção. A terceira palestra foi sobre os roedores e as doenças que transmitem. A última palestra foi sobre o caracol africano e os cuidados necessarios em relação a não proliferação destes animais. Depois aconteceu um debate e uma dinâmica entre os participantes.
As palestras foram assistidas por quatro alunos de cada turma, pois embora os temas fossem de interesse de todos não havia espaço para tanta gente no auditório da escola.
Em nossa turma (401), Val, Marcelo, Maria e Eliane traziam as informações que eram repassadas para todos os colegas.
Muita coisa as pessoas já sabiam, por terem ouvido falar nas campanhas da televisão e outros meios de comunicação, mas teve muita informação nova e importante que deveria se repassada para as outras pessoas que não tiveram a oportunidade de participar das palestras. Por isso, pensamos em desenvolver cartazes que pudessem chamar a atenção para os problemas (doenças) e alertar para a necessidade de prevenção.
Para isso, analisamos os cartazes distribuídos pela Secretaria de Saúde, de forma a utilizarmos o mesmo tipo de linguagem (textual e de imagens).
Assim, estaríamos de acordo com a proposta dos palestrantes: a "ação" na prevenção, em vez de correr atrás do remédio que muitas vezes chega tarde demais...

Veja os cartazes desenvolvidos pela turma 501.

Finalizando, por enquanto.

Estamos achegando ao final do período de aulas, mas não precisamos parar nossa comunicação. Foi muito bom estar presente com o Povo do Riso, a gente aprendeu junto e se divertiu.
Acompanhamos a história de Jean Val Jean e Cosette, nos emocionamos com eles, apostamos em algumas coisas que fariam, duvidamos de outras, e nos surpreendemos com outras tantas.
Agora vale perguntar: vocês gostaram dessa história? Vamos utilizar este espaço para falar sobre outras? Alguém tem alguma sugestão?
Vamos usar este meio para nos comunicarmos?
Um abraço a todos
Conceição

Mensagem publicada originalmente em 28 de novembro de 2007

Estudando gramática

Fantine é uma das personagens de "Os Miseráveis". Reescrevendo sua história precisaremos utilizar VERBOS que indiquem a sua trajetória, demostrando seu estado e quais foram as ações que fez ou sofreu durante seu percurso .

Quais os verbos existentes em cada uma das frases abaixo?

Fantine vivia em uma pequena aldeia.
Ela se apaixonou por um forasteiro.
Ficou grávida.
O pai a expulsou de casa.
Ela foi embora para outra cidade.
Fantine dizia que era viúva.
Trabalhava como costureira.
Costurava uniformes para o exército.
Ela teve uma linda menina.
Mas a guerra acabou.
Os soldados foram embora.
E Fantine ficou sem emprego.
Então deixou sua filhinha com um casal.
Eles, marido e mulher, cuidariam da menininha.
Ela lhes pagou muito bem para isto.
Aí, Fantine foi trabalhar em outra cidade.
Encontrou emprego em uma fábrica.
Mas uma colega descobriu que ela era mãe solteira.
Então, a supervisora a despediu.
Fantine procurou outro emprego.
Não achou nada.
Ficou doente.
Vendeu os cabelos.
Depois se prostituiu.
Foi presa.
Desesperou-se.
Mas alguém a libertou.
Depois cuidou dela.
E ainda prometeu buscar sua filha.
Fantine se alegrou.
Mas a doença a matou.

Atividade publicada originalmente em 23 de outubro de 2007

Veja imagens que ilustraram algumas edições de "Os Miseráveis".

O Inspetor Javert

Para o inspetor Javert, a Lei era a sua religião. Ele acreditava na Lei como muitos outros acreditam em Deus. E diante da Lei, para Javert era "tolerancia zero". Isto valia para todos, inclusive ele.
Por isso ele perseguia Jean Valjean. Para ele, prender Valjean era uma questão de fé. Fé nas Leis que regiam os homens, nas leis que organizavam a sociedade, nas leis que determinavam com tanta clareza o que era certo e errado em um mundo tão complexo! Sem as leis, o que seria da humanidade? Para Javert, seguir as leis não era só uma questão de princípio, era uma questão de sobrevivencia...
Javert acreditava no Estado e nas suas instituições: na capacidade dos governantes, na justiça, na polícia. Ele acreditava de verdade. Para ele existiam os bons e os maus, e a Lei era quem os distinguia e separava. Por isso, ao perceber que um fugitivo da justiça podia ser capaz de tantos gestos de abnegação e solidariedade, Javert entrou em conflito! Prender Valjean, conforme a lei o exigia, ou liberar Valjean e infrigir a Lei em que ele tanto acreditava!

Alguém hoje teria o mesmo conflito de Javert? Ou melhor dizendo, seria possível existir alguém como o inspetor Javert hoje em dia? Alguém que acreditasse na Lei e nas suas instituições com a mesma convicção?

Texto publicado originalmente em 14 de outubro de 2007

A fé do bispo

Quantas pessoas são decisivas em nossas vidas? Quantas pessoas podem representar a possibilidade de transformação que precisamos?
Certamente o bispo tentou ser uma destas pessoas na vida de Jean Valjean. O seu gesto de solidariedade, que no primeiro momento não foi capaz de modificar os hábitos do ex-condenado, acabou levando-o a refletir sobre seus atos.
Depois de chamar o garoto, Jean Valjean pensou: "Sou um miserável." Miserável não porque não tinha bens - ao contrário, agora ele tinha uma pequena fortuna! Ele se considerava miserável porque não conseguia controlar os seus impulsos de roubar e agredir, miserável porque mesmo não precisando ainda foi capaz de roubar uma criança!
Por isso é que Valjean se regenerou. Por que ele fez disso uma escolha. Ele poderia alegar vários motivos para continuar como estava, continuar a ser o que havia sido até então. Mas ele resolveu fazer diferente porque reconheceu que isto era possível.

As pessoas mais decisivas em nossas vidas, aquelas que podem fazer as transformações que precisamos não seríamos nós mesmos?

A fé do bispo em Valjean não estava no seu próprio gesto de solidariedade, mas na capacidade de escolha do ser humano que estava diante de si.

Texto publicado originalmente em 14 deoutubro de 2007

Os Miseráveis, Parte I - Resumo

Jean Valjean chega à cidade em meio à tempestade. Ninguém lhe dá abrigo, mesmo tendo ele dinheiro para pagar. Até que o homem bate à porta do bispo local. Este lhe oferece alimento e convida-o a sentar-se a sua mesa, manda arrumá-la com o melhor que tem, os talheres e castiçais de prata. Também lhe destina uma cama limpa para dormir... e oferece-lhe confiança, mesmo sabendo que aquele viajante é um ex-detento.
Em meio à madrugada Jean Valjean acaba roubando os talheres de prata e fugindo.
A polícia local o detém para investigação, e leva-o até à casa do bispo para averiguar o caso.
O bispo, além de inocentar Valjean, entrega-lhe os castiçais de prata que este não levara. Mas lhe afirma que a partir daquele momento a sua alma pertencia, por direito, a Deus, e que os talheres e os castiçais permitiriam que ele, Valjean, mudasse de vida.
Valjean vai embora angustiado, pensando sobre tudo aquilo que lhe acontecera. Sente-se um miserável, e quer mudar sua vida...
Uma moedinha vem rolando até os seus pés, e ele pisa sobre ela. Um menino, pequeno artista que se apresenta em feiras, chega e lhe diz que a moeda pertence a ele. Valjean não a devolve e promete uma surra ao menino que sai correndo e chorando.
Valjean chama o garoto, mas somente o vento escuta sua voz...

Será que Jean Valjean irá se regenerar?
Ou será que a fé do bispo terá sido em vão?

Esta historia continua...

Texto publicado originalmente em 15 de setembro de 2007

Meninos de Rua e outros miseráveis

Assim como o Marcio, inventado pela Luciana, Gravoche também era um menino de rua. Só que ele "viveu" em outro tempo, em outro lugar. E como Marcio, Gravoche e tantos outros de nomes estranhos como Jean Valjean, Fantine ou Cosette perseguiam o seu espaço e os seus "direitos de cidadãos". Parecia que o seu mundo havia se esquecido deles, assim como o nosso mundo de hoje parece se esquecer dos muitos marcios e gravoches que existem por aí.
A sociedade em que eles viviam tinha muitas coisas que se parecem com as de nosso tempo: desemprego, violencia, miseria, injustiças. A sobrevivencia era a única condição possível. Dignidade, honestidade, decencia, amor ou beleza era "luxos" em que nem sequer pensavam.
É... a historia parece que se repete muito; mas assim como a vida de algumas daquelas pessoas, ela também não é imutável!

"Os Miseráveis" - uma historia da condição humana

Texto publicado originalmente em 31 de agosto de 2007

Marcio

Este personagem foi inventado por Luciana, que neste momento estuda na Fase IV. Ele é fictício, mas foi baseado na imagem de um menino real, que um dia alguém fotografou e estampou em uma revista. E que a Luciana viu, de alguma forma se encantou, e que por isso escreveu:

"Marcio é um menino de nove anos de idade que mora nas ruas de Niterói. Ele é um menino pequeno e vive em companhia de outros moradores de rua.
Ele é um menino muito alegre, mas às vezes fica triste porque as outras pessoas, ao verem que ele é um menino de rua, o tratam mal. Mas às vezes as pessoas se enganam: Marcio é um bom menino. Para sobreviver ele trabalha catando papel, latinha... e também gosta de fazer malabarismo. Ele até pede às pessoas quando tem fome, mas Marcio não é um menino de tirar nada de ninguém, nada que não seja dado para ele - a não ser um sorriso ou um obrigado!
Marcio só vive a procura do seu espaço e dos direitos de cidadão brasileiro."

Texto publicado originalmente em 31 de agosto de 2007

Por que "Povo do Riso"?


Werner Zotz em “Apenas um Curumim”, conta a história de um menino índio, último sobrevivente de sua tribo. O avô do garoto, um velho pajé, decide reintregá-lo às tradições e à vida indígena, perdidas no contato com os caraíbas. O caminho de volta é árduo para o curumim, que precisa reaprender a ser índio antes que perca sua identidade e toda a cultura de seu povo, outrora denominado Povo do Riso. Este povo, embora não tivesse ciência, "tinha o saber das coisas simples e necessárias”, e ria sempre.
A história do pequeno Curumim foi contada para uma turma da EJA em 2007, que ria sempre, apesar de tudo – porque tinha o saber das coisas simples e necessárias. Daí o nome do blog, publicado inicialmente no endereço http://povodoriso.spaces.live.com.
Mas, para as turmas da EJA o caminho é inverso ao do Curumim: é preciso não voltar, e sim ir adiante, para reafirmar um direito que ficou meio que perdido pelas estradas da vida...
Rindo sempre, porque rir é uma coisa simples e necessária.

Veja aqui a turma do Povo do Riso de 2007.

Esta foi a primeira publicação do blog, no dia 31 de agosto de 2007:

Algumas questões devem ser observadas para que este ambiente seja realmente do
PSorrisoVBoca aberta DWink RISSexy, por isso, vamos considerar:

  • que neste espaço não serão utilizadas imagens ou palavras que sejam para agredir, desmerecer ou machucar alguém;
  • que este espaço não será utilizado para fazer manifesto a favor da violencia ou de drogas;
  • que os textos e imagens publicados terão a concordancia de seus autores;
  • que tentaremos ao máximo possível respeitar a língua portuguesa.
Esses são compromissos assumidos por aqueles que aqui irão conviver.

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Apresentação do Projeto que deu origem a este Blog: