“As mulheres que participaram de movimentos políticos e revoluções, não concordando com a repressão, guerreando, lutando contra as injustiças e por causas sociais, entraram para a historia pelo espírito de liderança e perseverança; porém todas elas foram severamente punidas. Muitas mulheres do mundo todo foram presas, martirizadas e na maioria das vezes pagaram pelos seus atos de bravura e coragem com a vida.”
Teresa de Méricourt, francesa, século 18.

Condenada à morte e guilhotinada em 1793 por “ter querido ser um homem de Estado e ter se esquecido das virtudes proprias do seu sexo”.
Ana Campista, brasileira, século 18.
Acusada de adultério, foi encaminhada a um abrigo de prostitutas. Rebelou-se contra esta imposição, provocou um incêndio na construção e conseguiu fugir.
Emma Goldman, russa, século 19.
Migrou para os EUA em 1882 e acompanhou o movimento operário pelas oito horas de trabalho. Militante anarquista, foi presa e deportada. Percorreu vários países, lutando pela causa operaria, pelos direitos da mulher e pelo amor livre.
Bárbara de Alencar, brasileira, século 19.
Foi um dos libertários que em 1817 retomou a luta pela independência no nordeste do Brasil. Participou da Confederação do Equador, luta em que perdeu seus bens e dois filhos. Foi a primeira mulher presa por motivos políticos, condenada por liderar o movimento que proclamou a República do Crato.
Rosa Luxemburgo, polonesa, século 20.
Ativista política, foi perseguida e condenada à prisão. Fugiu para a Alemanha e voltou à Rússia em 1905 para participar da insurreição contra os czares, sendo presa por suas atividades.
Felipa de Souza, portuguesa, século 16.
Veio para o Brasil e em 24 de janeiro de 1592 foi condenada pelo Tribunal do Santo Ofício por lesbianismo. Segundo os registros da época, foi a mulher mais humilhada e castigada da Colônia. Teve seu nome atribuído ao principal premio internacional dos direitos humanos dos homossexuais: “Felipa de Souza Award”.
A pesquisa sobre essas mulheres guerreiras foi desenvolvida a partir do site sobre Bárbara Alencar, onde há uma lista com outros nomes que incluem as brasileiras Pagu, Nise da Silveira e Dilma Rousseff, a alemã/brasileira Olga Benário, a norte americana Rosa Parks e as nigerianas Safiya e Amina.